Produção de jatropha no distrito de Buzi em Moçambique
O projecto vai atingir nos próximos dez anos, 25 mil toneladas de produção de jatropha.
O consorcio Galpbuzi, detida maioritariamente pela empresa portuguesa Galpenergia em 70 porcento e a moçambicana Companhia do Buzi com 30 porcento, está a produzir em regime experimental, na localidade de Bandua distrito de Buzi, na província de Sofala, jatropha numa área de cerca de 150 hectares para a produção de bio-combustível .
O consórcio, de acordo com o respectivo director geral, Gonçalo Barrada, perspectiva investir cerca de 100 mil Euros por ano na produção daquela cultura que, no país, ainda está envolto em polémica por causa da “guerra” que trava com culturas alimentares.
Barrada referiu que o projecto visa atingir nos próximos dez anos, 25 mil toneladas de produção de jatropha que destinar-se-ão, numa primeira fase para a extracção do biocombustível localmente, a exportação para o mercado da União Europeia é o desafio da segunda fase.
Disse que do momento o projecto está baseado na componente de produção própria e de compra da produção de pequenos produtores.
O referido consórcio emprega neste momento cerca de 150 trabalhadores.
A fonte referiu que o número chega a subir na altura da sementeira, da sacha e plantação considerados momentos de pico atingindo 300 trabalhadores, na sua maioria locais.
Barrada disse que o projecto está, neste momento, na fase de obtenção de rendimentos e investimentos que permitem adquirir mais equipamentos que possam rentabilizar a produção daquela cultura.
O governador de Sofala, Alberto Vaquina que visitou os campos do consórcio recomendou aos gestores do projecto para ajudarem as populações circunvizinhas a incrementarem a produção de culturas alimentares por forma a que a estas não passe a ressentir-se da fome. Vaquina entende que pelo facto do consórcio ser um projecto agro industrial pode transmitir técnicas agrárias aos camponeses locais contribuindo para a produção em grande quantidades de comida.
De referir que o projecto em curso foi negociado a quando da visita do presidente português a Moçambique em 2008.